Eu perdi a conta de quantas vezes pedi para Deus um novo coração.
Anos se passavam e muitas vezes não entendia porque olhava para mim e não via a mudança que eu tanto desejava.
Mesmo estando na Igreja há tanto tempo, eu não tinha a certeza da minha salvação e isso me doía. Foram muitas lágrimas derramadas até que eu me desse conta de que eu era assídua na Igreja, jejuava, orava, mas o temperamento forte, a dificuldade em admitir que eu estava errada, o olhar crítico com relação aos meus companheiros de fé, e principalmente a língua, me impediam de enxergar que a mudança que eu tanto almejava e para que Deus pudesse me dar um novo coração, era necessário buscar verdadeiramente. Isso mesmo, verdadeiramente era a palavra, não bastava dizer que queria mudar, minhas atitudes tinham que demonstrar o que eu dizia.
Quantas vezes ao ler aquele versículo que diz "...Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim." (Marcos 7:6), o Espírito Santo falou comigo e eu não entendia.
Era exatamente isso, eu O honrava com meus lábios, mas na minha casa eu era diferente, tratava a todos gentilmente na Igreja, mas ao meu marido, com grosseria, e eu não percebia que não bastava pedir a Deus para mudar, eu tinha que praticar o que eu ouvia. Era preciso que minhas atitudes fossem diferentes.
Quantas vezes orei pedindo a Deus que eu fosse submissa ao meu marido, mas bastava ele me pedir alguma coisa para eu começar a reclamar, na Igreja toda a boa vontade para servir, mas em casa... Só mesmo Deus para ter misericórdia de mim.
Um dia eu li um versículo na Bíblia que dizia: " Passou a sega, findou o verão, e nós não estamos salvos." ( Jeremias 8:20).
Foi triste constatar mas eu me dei conta de que ainda não estava salva. De que adiantava o que eu fazia para Deus, se eu não havia nascido de Deus?
Em uma busca do Espirito Santo, o bispo fez o apelo: " Se você não tem certeza de sua salvação, venha aqui na frente, esqueça o seu título, esqueça quem você é, esta pode ser a sua última chance".
Esse post continua...
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